12 meses no calendário
Erva Cidreira

12 meses no calendário




Chegados ao décimo mês do ano, 5/6 de 2014 já passaram por nós!


Janeiro é o famoso mês das resoluções, dos recomeços. É também, frequentemente, o mês em que essas mesmas resoluções caem por terra. Mês do regresso à realidade a que se segue o Fevereiro cheio de depressões e em que toda a gente já desespera pela Primavera que ainda demora a chegar. Passa um par de meses e as "limpezas de Primavera" são um clássico. É incrível a quantidade de artigos com sugestões, dicas e listas que se encontram online a propósito disso.

Depois vem aquela altura do ano em que toda a gente parece obcecada com o corpo e vem a avalanche das dietas milagrosas e dos exercícios infalíveis. Mil e uma propostas por todo o lado.

Passa o Verão. Ai que saudades do Verão!

Chega Setembro e muita gente que se rege pelo calendário escolar fala novamente em "início do ano". Apesar de trabalhar num colégio, não consigo ver Setembro como um início, para mim é o final do Verão e por isso é mais um mês. Começam os bombardeios com coisas natalício-comerciais misturadas com o execrável halloween e só tenho vontade de hibernar. Cá em casa não há lugar para o halloween nem para o natal comercial.

Novembro é o mês de fazer merendeiras para oferecer no Dia do Pão por Deus e tempo de gratidão e ThanksgivingEm Outubro, apesar do mês já ir a meio, estou a pensar instituir as "revoluções de Outono". Uma espécie de "Limpezas de Primavera" mas mais profundas. Sinto que tudo cá em casa pede renovação. Estou um bocadinho cansada de ver as coisas erradas nos sítios errados. Preciso de uma revolução. E como a palavra tão bem expressa, não é nada superficial, revolucionar é mudar mesmo: substituir móveis, pintar tectos, alterar candeeiros, deitar fora tapetes, acrescentar almofadas, trocar os sítios. Mudar! E daqui a um mês e meio, aí sim, podemos começar a falar de Natal, mas do Natal com maiúsculas e que não tem nada a ver com velhos gordos de barbas, doces, família ou presentes. É claro que guardo muito boas memórias dos últimos Invernos, dos jantares passados em família, das coisas bonitas que apetece oferecer a quem se gosta, da criatividade que chega quando as noites se alongam e a chuva e o frio convidam a serões em casa com as pessoas mais aconchegadinhas umas às outras... tudo isso é bom, mas o Natal não é isso. O que celebramos todos os anos com renovado entusiasmo é a verdadeira história do Natal: o facto de Deus ter habitado entre nós e se ter dado em Jesus para realizar a maior (e mais dura) história de reconciliação que alguma vez existiu. Só assim é que pode (e deve) ser Natal o ano inteiro!




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Erva Cidreira








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